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Tenossinovite

A expressão Tenossinovite é utilizada usualmente para definir uma inflamação da membrana que recobre o tendão. Esta membrana tem a dupla função de lubrificação e nutrição do tendão, sendo que no seu interior é que ocorre o deslizamento dos tendões, quando da execução de qualquer movimento.

Do ponto de vista anatômico o diagnóstico de tenossinovite é firmado toda vez que existe um componente inflamatório que engloba tanto a Membrana Sinovial quanto o Tendão, como um bloco.

É a Tenossinovite, na grande maioria das vezes, uma consequência de alguma doença sistêmica. Podemos citar como exemplo de doenças que causam tenossinovite alguns reumatismos, doenças metabólicas, infecções, alterações hormonais e distúrbios imunológicos. Pode ainda a Tenossinovite ser também secundária a trauma direto ou micro traumas de repetição.

Por vezes, a tenossinovite pode se instalar após um período de hiperatividade envolvendo uma determinada unidade músculo-tendínea, onde o estímulo anormal ou em excesso induz a sinóvia a aumentar a quantidade de líquido, na tentativa de melhora da lubrificação. Tal condição pode estar relacionada a um esforço repetitivo que, se ocorrer dentro do trabalho, deverá ser enquadrado como um caso de DORT.

Em sua fase inicial, as tenossinovites por micro traumas de repetição são de fácil tratamento. A simples supressão do estímulo nocivo gerador da inflamação associado a medidas anti-inflamatórias locais e sistêmicas são, na grande maioria das vezes, suficientes para a cura do processo.

Dentre os locais mais comumente acometidos pelas tenossinovites de MMSS temos os tendões flexores e extensores dos dedos das mãos, o tendão do abdutor longo e extensor curto do polegar (Síndrome de De Quervain), e os tendões dos flexores dos dedos (dedo em gatilho).

Dr. Antonio Carlos Novaes (Reumatologista)
Especialista em Reumatologia e Medicina do Trabalho